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Texto e fotos: Carlos Bitenca e João Tadeu Boccoli
Srs,
Segue sugestão de relação de botecos atualizada, agora sempre às sextas-feiras:
28/08/2009 Obelisco
04/09/2009 Cia do Churrasco - Avenida
11/09/2009 Quintal - Centro
18/09/2009 Chico´s Bar
25/09/2009 Zero Grau - Interlagos
02/10/2009 Ultra Leve - Avenida
09/10/2009 Kentura Kente II
16/10/2009 Uai-Tchê
Abraço,
Wagner
Por Arthur Caldeira
Foi uma naked de 750cc que mudou o cenário mundial das motocicletas há quatro décadas. Em 1969, a Honda apresentava a CB 750, que marcou o início do domínio japonês no mercado de duas rodas e o consequente ocaso das tradicionais marcas européias. Agora 40 anos depois, desembarca no Brasil outra 750cc de origem japonesa: a Kawasaki Z 750.
Design diferenciado
No melhor estilo streetfighter (lutadora de rua, em inglês), em vez do tradicional farol redondo, a Kawa Z 750 conta com conjunto óptico com recortes angulosos e uma pequena carenagem na cor da moto que, no caso da unidade avaliada, era verde Kawasaki com detalhes em preto.
Mais que o motor à mostra, chama atenção a ponteira de escapamento em formato triangular. De tão inusitada, faz muitos pensarem que se trata de um item de personalização. Assim como a rabeta mínima com sua lanterna de LEDs e os espelhos de linhas retas. Enfim, harmoniosa de cabo a rabo, a Z 750 é uma moto bonita de se olhar – e, convenhamos, beleza nas motos também é fundamental.
Motor liso
Assim como fundamental nessa categoria naked é um motorzão que funcione "redondo". Adaptado às condições brasileiras, o propulsor de quatro cilindros em linha, oito válvulas (quatro por cilindro), comando duplo no cabeçote (DOHC) com refrigeração líquida acelera de forma impressionante. Resultado da bem acertada injeção eletrônica e do torque máximo de 8,00 kgf.m já a 8.000 rotações. Desempenho que faz a Z 750, literalmente, saltar na frente das concorrentes em acelerações – faz de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos.
Ciclística e pilotagem
Depois de algum tempo com essa Kawa Z 750 na pista de teste, outra surpresa desagradável: apesar da proposta urbana e versátil inerente às nakeds, o banco tem espuma estreita e dura, cansando o piloto. Pior ainda deve ser a garupa que tem apenas um pedaço de espuma para se acomodar e não conta nem mesmo com alças de apoio.
Apesar do banco, o piloto fica em posição ereta e confortável. A Z 750 aposta em um guidão mais largo que outras motos da categoria. Certamente para compensar o reduzido ângulo de esterço do modelo, que dificulta manobras em baixa velocidade. Atrapalha também seu peso mais elevado (203 kg a seco) em relação à Hornet (173 kg a seco), por exemplo.
Já o desenho do tanque e a posição das pedaleiras fazem com que o motociclista se encaixe perfeitamente nessa naked Kawasaki. Com o potente motor à disposição, senti-me à vontade para "abusar" da Z 750. Nas retas era pura diversão ver o conta-giros de leitura analógica crescer na escala e a velocidade aumentar no velocímetro digital.
Até aí tudo "quase" perfeito. Não fosse pela decepção com essa Kawasaki nas curvas. Apesar das boas especificações - garfo invertido (upside-down) com regulagem da pré-carga, na dianteira, e balança monoamortecida, na traseira -, o acerto das suspensões na unidade testada estava "mole" demais. Bastava deitar que a frente balançava, girava o acelerador e o torque do motor fazia a roda traseira querer escapar nas curvas. Talvez com uma regulagem melhor esses sintomas possam ser minimizados. Vale lembrar que as rivais Honda Hornet e Yamaha FZ-6N não trazem ajustes no garfo dianteiro, mas nem por isso transmitem instabilidade nas curvas.
Porém, os freios da Z 750 merecem destaque. Além de belos discos no formato margarida, duplo na frente e simples atrás, proporciona uma frenagem eficiente e segura. Estão totalmente de acordo com o desempenho da motocicleta, sendo um dos pontos fortes do modelo.