domingo, 30 de agosto de 2009

Nova Comet GTR EFI - agora com injeção eletrônica

Fonte: http://www.motonline.com.br/

Texto e fotos: Carlos Bitenca e João Tadeu Boccoli


Comet GTR

Além do novo grafismo, as alterações bem vindas ficam por conta da rabeta, alça do garupa, lanterna e do pára-lama traseiro, que colocou a motocicleta dentro das atuais tendências de design; alem de notarmos o bom acabamento. Carenada e com guidão baixo, é um verdadeiro convite a pilotagem esportiva, com respostas rápidas, e freios eficientes. Ela basicamente tem mais "adrenalina na veia" e conta com um belo chassi perimetral de berço duplo, construído em aço. Esse material, quando utilizado nas motos esportivas dá bom resultado com preço competitivo sem necessariamente prejudicar no desempenho.



Chassis

A dupla viga perimetral, quando acompanhada pelo berço duplo para o motor apresenta uma dificuldade de acesso à sua colocação. Por isso o berço da esquerda é desmontável, há casos em que isso prejudica o funcionamento do chassis, permitindo flexões e eventualmente quebra na região. Resta saber se este será um outro caso. Fora isso essa configuração é bastante boa na relação peso x rigidez estrutural permitindo uma construção econômica e de bom desempenho. Poucas motos, mesmo dentre as esportivas contam com esse tipo de ajuste das pedaleiras. O posicionamento é bom na forma em que vem montado de fábrica, mas para um uso mais esportivo pode ser montado mais para cima e para trás, facilitando as manobras de postura. O que os pilotos americanos chamam de "Body english", uma má tradução seria "linguagem corporal", mas na verdade nesse caso isso significa aquelas mudanças de posição que se utiliza para fazer curvas e se colocar de forma mais favorável no vento. A postura bastante adiantada é bem posicionada pelos semi-guidons tipo clip-on afixados sob a nova mesa, mais elaborada e muito mais bonita que a anterior.

Suspensão

Bastante esportiva (entenda dura) oferece regulagem na pré-carga da mola do mono amortecedor com link da traseira apenas, mas absorve bem as irregularidades do asfalto brasileiro. A frente tipo upside down é que apresentou um mergulho excessivo nas frenagens. Pode ser ajustado pois o nível do óleo dentro da bengala pode ser revisto para evitar isso. No geral oferece rapidez nas manobras e consistência na trajetória, sem se afetar nas irregularidades do asfalto. Inspira confiança.

Motor

Aparentemente oferece tudo que se pode desejar de uma pequena esportiva, compartilhando até a configuração de motor de uma Ducati 1098 (a Ferrari das motos) sem o sistema desmodrômico, mas não muito menos avançado tecnicamente. É um DOHC de quatro válvulas por cilindro e mostra um parentesco próximo da Suzuki Japão. Para 2010 conta com injeção eletrônica e novo escapamento com catalisador redimensionado. No pequeno percurso que fizemos a moto se apresentou com alguns problemas, falta de estabilidade na lenta (morria) e motor amarrado, sofrendo para girar em alta ... isso era de se esperar, pois tinha que ser amaciado ainda.



O corpo da borboleta é duplo e conta com os sensores de oxigênio. Observa-se estranhamente que o diâmetro do escape traseiro é uma fração menor do dianteiro. Seria para o caso de equilibrar termodinamicamente o motor refrigerado a ar, pois nessa configuração o cilindro traseiro sempre sofre um aquecimento maior, então é possível sub alimentá-lo por segurança. Fica a questão em aberto para confirmar. É um motor bastante nervoso, com faixa de giro muito ampla e favorece uma pilotagem esportiva. Como a moto utilizada estava com muito pouca quilometragem ficamos restritos à condição de amaciamento, mas no pequeno percurso que fizemos já observamos a esportividade do pequeno propulsor.

Acabamento

Acabamento esmerado compete em nível de qualquer marca japonesa ou européia. As peças plásticas se encaixam perfeitamente, os sistemas de fixação como parafusos e conexões elétricas são de boa qualidade e a pintura é esmerada.

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