terça-feira, 6 de outubro de 2009

G1 andou em scooter elétrica com tração nas duas rodas

Rodar 40 quilômetros por dia e, ao fim de um mês, gastar cerca de R$ 15 em combustível? Isso é possível, segundo uma empresa de motos elétricas instalada no ABC Paulista.

Não é só fora do Brasil que a indústria anda buscando alternativas para quem deseja se locomover de forma econômica e sem emitir gases de efeito estufa. Na pequena oficina da Motor Z, que atua no mercado desde 2007, melhorias são buscadas para tornar o uso dos seus veículos mais viáveis no trânsito da metrópole – e em qualquer outro lugar. 

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Segundo motor garante mais arranque ao modelo S1000. (Foto: Divulgação)

Por enquanto, seus três modelos ainda se limitam a uma autonomia de 40 quilômetros, que podem ser rodados após seis horas de recarga da bateria de ácido-chumbo. O custo de um recarga, segundo o fabricante, considerando o custo da energia num domicílio em São Paulo, fica em R$ 0,51.

A grande novidade técnica da marca, incluída na linha de produtos no ano passado, é o modelo S1000 (preço do fabricante R$ 6.800,00) com dupla motorização de 1000 Watts e tração nas duas rodas, que, quando acionada, aumenta consideravelmente o arranque e a capacidade de enfrentar subidas do veículo. 

 

Foto: Divulgação

À esquerda, moto conectada a tomada para carregamento de bateria. À direita, detalhe da roda dianteira com motor da S1000. (Foto: Divulgação)

O G1 dirigiu o modelo e, de fato, o motor acoplado à roda dianteira, que pode ser ligado pelo motorista com um botão, faz grande diferença.

Mesmo com aceleração máxima, a S1000 faz um ruído praticamente nulo se comparado ao de uma motocicleta com motor a combustão, e, considerando que cada um de seus motores é menos potente que um secador de cabelos, sua arrancada, ainda que modesta, surpreende.

Com mais de 100 kg de carga, a moto alcançou 50 km/h sem grande dificuldade – sua velocidade máxima, segundo o fabricante, é de 60km/h. A reportagem não tentou subir terrenos com muita inclinação, o que, segundo o próprio fabricante, ficaria mais complicado.

As limitações de autonomia e potência dificultam o uso intensivo numa cidade grande como São Paulo. Para um motofretista, por exemplo, a linha da Motor Z ainda é inadequada.

Outro elemento técnico inovador da S1000 é o sistema de freio regenerativo, que, quando acionado, usa a energia da frenagem para recarregar a bateria. Esta, por sinal, é removível, o que permite que o proprietário que reside em apartamento, por exemplo, possa levá-la da garagem até a tomada de sua casa.

O sistema foi implementado nos modelos mais recentes da marca, já que seria necessário ser um grande entusiasta do transporte sustentável para subir com a moto pelo elevador e recarregá-la no apartamento.

Postos solares

Além de tomadas residenciais comuns, as scooters podem ser recarregados em postos alimentados por energia solar que a empresa espera que se espalhem em breve pelas cidades brasileiras (por enquanto já existe um no Rio e outro diante da fábrica, em São Bernardo do Campo).

As motos são montadas com peças em sua maioria trazidas da China, onde a Motor Z mantém um engenheiro para acompanhar o processo de produção – alguns dos componentes são adaptados para o mercado nacional a pedido da companhia brasileira.

Além da S1000, outro produto atraente da Motor-Z é a V-1500 (preço do fabricante R$ 6.600), scooter elétrica com visual retrô e motor de 1500 watts, porém sem dupla motorização, nem freio regenerativo. As scooters elétricas, informa o fabricante, exigem habilitação do tipo A e emplacamento. 

 

Foto: Divulgação

Charmosa, a V1500 tem visual retrô, mas não conta com dois motores como a S1000. (Foto: Divulgação)

Fonte: http://g1.globo.com/

 

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